quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOVO MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DA ELA

Esclerose lateral amiotrófica: novo medicamento reduz progressão de sintomas

23/11/2011 - 08:09
Um novo fármaco, o dexpramipexole, reduz a progressão de sintomas e mortalidade da esclerose lateral amiotrófica, revela um estudo publicado na Nature Medicine, avança o Portal da Saúde do ALERT Life Sciences Computing.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também designada por doença de Lou Gehrig, é uma doença neurodegenerativa que afecta os neurónios motores no cérebro e na espinal-medula. A morte destas células nervosas interrompe a transmissão de impulsos nervosos para as fibras musculares, conduzindo à fraqueza, paralisia e, geralmente, à morte por insuficiência respiratória. Acredita-se que a disfunção mitoncondrial é um dos factores subjacentes à morte das células nervosas. Este novo fármaco parece proteger os neurónios desta disfunção.


A progressão da esclerose lateral amiotrófica pode variar bastante, alguns pacientes sobrevivem décadas após o diagnóstico e outros morrem dentro de um ano. Por esse motivo, tem sido um desafio desenvolver os ensaios clínicos de fase 2 necessários para testar o nível de dosagem e determinar a eficácia do fármaco.


Para ultrapassar este desafio, a equipa de investigadores liderada por Merit Cudkowicz directora da unidade de ensaios clínicos de neurologia do Massachusetts General Hospital, nos EUA, desenvolveu um estudo em duas fases. Na primeira, 102 pacientes que haviam sido recentemente diagnosticados com ELA foram aleatoriamente divididos em quatro grupos aos quais foi administrado, por via oral, um placebo, ou 50, ou 150 ou 300mg de dexpramipexole, durante 12 semanas. Quando esta fase terminou, os participantes, que continuaram no estudo, receberam apenas placebo durante quatro semanas e, em seguida, foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos diferentes. Um em que foi administrado doses diárias de 50mg e outro de 300 mg de fármaco, durante 24 semanas.


Os resultados da primeira fase do estudo mostraram que, o dexpramipexole parece retardar a progressão dos sintomas, medidos quer pela escala de avaliação “ALS Functional Rating Scale” quer pela capacidade pulmonar. O efeito protector foi maior no grupo ao qual foi administrado 300 mg de fármaco em que a progressão dos sintomas foi de aproximadamente 30 % mais lento do que no grupo controlo. Na segunda fase foram obtidos resultados semelhantes, uma progressão mais lenta da doença e um menor risco de morte em participantes que receberam a dose mais elevada.


Merit Cudkowicz revelou que estes resultados estão, neste momento, a ser confirmados num ensaio clínico de fase três e que espera que este fármaco ofereça aos pacientes que sofrem de ELA uma oportunidade de permanecerem saudáveis durante mais tempo, com um menor declínio das funções e aumento sobrevivência.
fonte    http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/23-11-11/esclerose-lateral-amiotrofica-novo-medicamento-reduz-progressao-de

Simpósio Esclerose Lateral Amiotrófica (Doença de Charcot)

Simpósio Esclerose Lateral Amiotrófica (Doença de Charcot)
Semana de Atenção à ELA
Data/Hora: 03/12/2011 às 9 h.
Local: Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA/UFRJ).
Endereço: Av. Presidente Vargas, 2863 - Cidade Nova (Entrada pela Rua Afonso
Cavalcanti, 20 - Metrô Praça Onze).
Inscrições e informações: gratuitas (vagas limitadas).
Secretaria de Ensino (Tel: 3184-4404)
e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com
Coordenação:
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD.
Marli Pernes da Silva Loureiro, MD, Ms.
Comissão Organizadora:
Claudio Heitor Gress, MD.
Simone Palermo, Fga, Ms.
Simone Zicari, Ft.
Eliana Milagres, Nutr.
Fernanda Carnaúba, Enf, Ms.
Gleane Coelho, Enf, Ms.
UFRJ
INDC
HESFA
ANERJ
Departamento Científico de DNM/ELA
Programação:
9:00 h - 9:20 h: Abertura.
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)
9:20 h - 10:00 h: Conferência “ELA: novos aspectos etiopatogênicos”.
Acary Souza Bulle Oliveira, MD, PhD (Professor de Neurologia - UNIFESP)
10:00 h - 10:30 h: Coffee Break.
10:30 h - 12:00 h: Mesa Redonda.
Coordenador: Antonio Luiz dos Santos Werneck Neto, MD, Ms (Professor de Neurologia -
FTESM e UNESA)
“Desafios no diagnóstico da ELA”.
Marcelo Maroco Cruzeiro MD, PhD (Professor de Neurologia - UFJF)
“Aspectos genéticos da ELA e as diversas técnicas moleculares utilizadas
no seu estudo”.
Tatiane Duarte Cozendey, Ms (Doutoranda - FIOCRUZ)
“Proposta de classificação da ELA”.
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)
12:00 h: Debate e Encerramento.
Realização:
ANERJ
Setor DNM/ELA - INDC/UFRJ
HESFA/UFRJ

REUNIÂO MENSAL DEZEMBRO

COMUNICADO DA REUNIÃO DE 1/12/11 E SÚMULA DA REUNIÃO ANTERIOR,  DE 3/11/11

1/12/2011:REUNIÃO, NA SMCRJ**, DO GAPE*
  (GRUPO DE APOIO AOS PACIENTES DE
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA E
DOENÇAS DO NEURÔNIO MOTOR)

    QUINTA-FEIRA  – 1 DE  DEZEMBRO DE 2011 
(QUINTA-FEIRA,O NOVO DIA DA SEMANA DAS REUNIÓES REGULARES)

    HORÁRIO ESTRITO: 14H:00M A 17H:30M    

LOCAL:

SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DO RIO DE JANEIRO
Avenida Mem de Sá, 197, Centro, Rio, lado esquerdo (para quem vem do Passeio Público), próximo à esquina e antes da PRAÇA CRUZ VERMELHA (para quem vem do Passeio Público), em frente ao posto de gasolina desta.

PAUTA: ELEIÇÕES EM 2012; CONTA DO GAPE; BLOG DO GAPE ETC.
                                   gapeela.blogspot.com
*          *          *

SÚMULA DA REUNIÃO DE QUINTA-FEIRA, 3 DE NOVEMBRO DE 2011, NA SMCRJ

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

VII Simpósio


VII Simpósio Atendimento Multidisciplinar na Esclerose Lateral Amiotrófica
Horário: 29 novembro 2011 de 13:00 a 19:00
Local: Auditório do INDC (Instituto de Neurologia Deolindo Couto)
Rua: Av. Venceslau Brás, 95 - Botafogo
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Telefone: e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com
Tipo de evento: simpósio
Organizado por: Setor de DNM/ELA da Universidade Federal do Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

UMA GRANDE BATALHA

HÁ DEZ ANOS, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2001,
EU PERDIA MINHA BATALHA,
NA GUERRA CONTRA A ELA

WILSON Fortes

            Era uma manhã de domingo, 11 de novembro de 2001. Minha esposa havia sido atendida pela fisioterapeuta respiratória, em regime de enfermagem domiciliar. Seu cômodo era a sala do apartamento, único local onde cabiam a cama hospital, as aparelhagens, os tubos de oxigênio, a televisão grande; esta, para amenizar o isolamento imposto pelo mal. A cama era o seu local permanente, pois a magreza extrema lhe retirara as almofadas musculares naturais e sentar-se se tornara muito doído. Como dizia o paciente pesquisador americano Kibbie (William –), ser colocado em pé uns vinte minutos por dia (confiram!) é importante, para não se formarem coágulos nas veias de pés e pernas, que poderiam migrar repentinamente para o pulmão, causando morte por embolia pulmonar maciça. Isto já havia acontecido antes, mas, por sorte, nessa outra ocasião, o médico da emergência hospitalar era o mesmo do home care, de modo que providenciou de imediato a dissolução dos êmbolos, o que permitiu a reversão dia a dia do comprometimento cerebral. Mas, naquele domingo, ela sentou-se em desespero, olhando arregaladamente para mim, os instrumentos ecoaram em alarme, ela perdeu os sentidos, a enfermagem agiu desesperadamente com os parcos recursos que a lei lhe faculta na parada cardíaca, e a ambulância, que veio do Rio para Niterói, só conseguiu chegar, com a aparelhagem de choque, quando o óbito encefálico já era manifesto.
            Coincidência: Neste 11 de novembro deste 2011, estava comprando um remédio na drogaria do Supermercado Pão de Açúcar, do Ingá, Niterói, quando deparei com uma pilha de um fôlder da Sanofi-Aventis, atual fabricante do único remédio, paliativo, aprovado pela FDA americana para a ELA, nesses anos todos: o rilusol. Das oito faces do fôlder, duas se referem a instruções para injeção de um produto que não é ali identificado. As seis partes anteriores, tratam do TROMBOEMBOLISMO VENOSO. (O nome é difícil. A  prevenção é simples. – diz a face inicial do fôlder.)  O fôlder entra em detalhes sobre o TEV – tomboembolismo venoso, explicando que ele tanto inclui a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre geralmente nas pernas, quanto a embolia pulmonar, gerada por  um coágulo desgarrado da TVP, que “viajou” pelas veias. Enfim, descreveu exatamente a causa imediata da morte de minha mulher, embora o fôlder nada tenha a ver com a esclerose lateral amiotrófica.
            É um contraste desconcertante, mas isto acontece em guerrras e “guerras”, que aquele mal terrível tenha me proporcionado alguma compensação, pelas pessoas fora de série que ele me fez descobrir, ou redescobrir. Certamente vou ser injusto, perdoem as omissóes, 77 anos é desculpa para elas. Algumas dessas pessoas fazem, ou fizeram parte do GAPE – Grupo de Apoio aos Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica e Doenças do Neurônio Motor.
            À minha casa, vinham Rogério, médico, cardiologista, esposo de uma médica vítima de ELA familiar, e Concita, fisioterapeuta  geriátrica, pofessora de educação física, uma espécie de “anjo do GAPE”, a qual se tornou confidente de minha esposa, paciente problemática, que vetou a vinda de outros membros do GAPE, como Regina Célia, que já perdera a mãe, por causa da doença, e era capaz de vir com seu carro lá de Petrópolis, para dar conforto à paciente mulher do Celso Norberto, outra pessoa que vem de longe para apoiar o GAPE.
            Se não fosse Doracy, mãe de um paciente, vivo então, eu não saberia do livro Share The Care, sobre como criar uma “família ampliada” em torno do paciente crescentemente isolado, o qual livro é uma das bases de um rascunho que adaptei para a ELA, com o nome de COMPARTILHANDO OS CUIDADOS, NO BRASIL, o qual pode ser encontrado no “site” da ARELA-RS.
            Perto do Deolindo Couto, hospital de referência, mora Bete (Elisabete Mathia), antiga e muito amiga de minha falecida irmã e minha, a qual tem dado uma grande ajuda organizacional ao GAPE, mesmo agora, quando solicitou afastamento do cargo de Diretora Financeira e do próprio Grupo.
            Edivaldo, marido de Maria José, ex-tesoureira do GAPE, e Irene Coutinho, são pacientes que se destacaram pela sobrevida de mais de duas décadas, sobrevida esta muito apoiada pela luta investigativa que travaram. Edivaldo faleceu, mas Irene, que só conheço por e-mail e ainda falo por telefone, continua viva, tendo usado seus conhecimentos de ex-professora de educação física, após entrar em choque com a medicina oficial, para uma mudança radical na alimentação, que lhe tem valido uma progressão do mal lenta.
            Minha esposa paciente queria um  “médico de nutrição”, aqui de Niterói. Enquanto eu titubeava, ela encontrou, na lista amarela, Odilza Vital, que trabalhava com nutrição biomolecular, entre outras coisas; levei-a ao consultório desta e, enquanto Elcely se consultava, eu “consultava” a sala de espera, e só tive informações positivas, inclusive de clientes médicas. A Dra. Odilza, que é endocrinologista, geriatra e procura manter-se na vanguarda do anntienvelhecimento, tentou algo, além do mero apoio nutricional que a paciente procurou, tentou buscar terapêuticas aditivas ao quadro que expõe o dilema da medicina oficial, após uma fúnebre paralisia gradativa: o óbito, por paroxismo pulmonar, ou a dependência eterna a um aparelho de respiração artificial. A tentativa não vingou, pois a paciente minha esposa não era paciente com os médicos. Duas consultas eram o máximo, e não dizia por que. Um médico espírita lhe assegurou cura (!), ela chorou de felicidade, mas não foi à segunda consulta. Hoje penso que a falecida talvez tenha achado a dra. jóvem demais (antienvelhecimento tem este “defeito”), a qual dra. acabou sendo, anos depois de viuvo, minha geriatra,  e já procurou dar apoio ao GAPE, como rotariana e como médica.
            Uma entrevista de 15 minutos, conseguida pelo Celso Norberto, dada por mim por telefone à Rádio Rio de Janeiro, na qualidade de então Presidente do GAPE, me levou a conhecer  duas irmãs, que tinham uma irmã paciente, Dinalva, que nos ajudava com a papelada, e Dilvani, biomédica, Prof. Dra. do Laboratório de Biologia Celular da UFF, a qual criou um “site” a respeito da ELA na UFF, e  me convidou para dar palestra sobre a ELA naquela universidade. Conheci assim também Valda, cujas enteadas têm apresentado outra terrível enfermidade, a Coreia de Huntington. Ela, Valda, sai de seu conforto de Copacabana, para dar apoio espiritual e carinhoso, na forma de uma sopa, a gente idosa de Austin, distrito de Nova Iguaçu.
            Mais recentemente, conheci Ademir Guimarães, atual Presidente do GAPE, cuja esposa tem a doença, o qual demonstra uma disposição enorme em não se deixar abater pelas dificuldades igualmente enormes que afetam o GAPE (que me acabrunham; que me paralisam, confesso). Conheci também Amarlyr, fonoaudióloga, líder da especial trinca de profissionais ligados à ELA de Vila Nova, Campo Grande, onde ela conseguiu levar avante o único exemplo bem-sucedido, por algum tempo, de criação de subgrupos regionais do GAPE, idéia minha que eu mesmo não consgui levar avante, com o que seria o subgrupo de Niterói e São Gonçalo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

AUDIENCIA PUBLICA

ASSISTAM ESSE VIDEO FOI A AUDIENCIA PUBLICA REALIZADA NA ALERJ.

http://www.orkut.com.br/Main#FavoriteVideos?uid=6323319896867622098

NOVIDADE NO TRATAMENTO DA ELA

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/cientistas-descobrem-novo-alvo-para-tratar-esclerose-lateral-amiotrofica.html

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Esclerose lateral amiotrófica

 Novo estudo aponta para um mecanismo comum a todas as formas e abre novas perspectivas de tratamento
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença devastadora que causa uma perda progressiva dos movimentos e da fala devido à morte dos neurônios motores. Na grande maioria dos casos não há perda da capacidade cognitiva e a pessoa se torna uma prisioneira dentro do próprio corpo. É o caso do famoso físico inglês Stephens Hawkins. Estima-se que há 350.000 pessoas afetadas ao redor do mundo que aguardam desesperadamente algum tipo de tratamento. E existem inúmeros pesquisadores ao redor do mundo trabalhando para isso. O Dr. Teepu Siddique é um deles. Os resultados de uma pesquisa coordenada por esse cientista – que acaba de ser publicada na revista Nature – sugere que haveria um mecanismo comum a todas as formas de ELA – hereditárias e formas isoladas – o que facilitaria muito a procura de um tratamento.

Como a equipe do Dr. Siddique chegou a essa conclusão?
Recordando, a ELA é uma doença que geralmente acomete uma única pessoa na família (formas esporádicas) sem risco de recorrência para os descendentes. Cerca de 10% dos casos são hereditários e já foram identificados vários genes responsáveis por essas formas. Nosso grupo identificou uma forma hereditária importante há alguns anos.
Nessas famílias, a doença pode ser transmitida através de gerações. E foi estudando uma nova forma de ELA hereditária que o Dr. Siddique fez uma descoberta importante. A sua equipe vinha seguindo uma família com vários casos de ELA. Todos tinham também demência, o que é um achado raro nessa doença. A idade de início nessa família variava entre 16 a 71 anos, sendo muito mais precoce no sexo masculino do que no feminino. Para tentar entender o mecanismo por trás da doença, o primeiro passo era achar o gene responsável.
O gene estava no cromossomo X
Depois de muitas pesquisas a equipe descobriu que a mutação – ou erro genético – estava em um gene no cromossomo X que é responsável pela produção de uma proteína chamada ubiquilin 2 (ubiquilina em português). Essa proteína é normalmente responsável pela degradação de várias outras proteínas da célula. Entretanto com a mutação, a ubiquilina 2 não consegue exercer essa função. A consequência é o acúmulo e agregação dessas proteínas que deveriam ter sido degradadas causando uma neurodegeneração e morte dos neurônios motores.
E nas outras formas de ELA?
Para descobrir se esse defeito está restrito ao gene do cromossomo X que eles havian acabado de identificar, os pesquisadores estudaram amostras de 47 pacientes com outras formas de ELA – hereditária ou esporádica. Observaram que em todas elas havia agregados ou inclusões resultantes do mau funcionamento da ubiquilina 2, sugerindo que seria um mecanismo comum a todas as formas de ELA.
E a demência? Seria o mesmo mecanismo?
Para testar essa hipótese os pesquisadores teriam que analisar o que acontecia no cérebro dos afetados. Conseguiram estudar amostras do tecido cerebral de dois pacientes falecidos que tinham mutação nesse gene. Observaram o mesmo fenômeno: havia inclusões principalmente no hipocampo (uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante também para a sensação espacial). Isso poderia explicar também a demência. Os autores também chamam a atenção para outro achado importante. Já se sabia que uma outra proteína semelhante, ubiquilin 1 ( ou ubiquilina 1) está aparentemente relacionada com a doença de Alzheimer caracterizada pela perda progressiva de memória.
Qual é o próximo passo
Essas observações sugerem um mecanismo comum para essas ubiquilinas. Elas poderiam ser responsáveis pela degeneração dos neurônios motores que causam a ELA – tanto as formas esporádicas como as hereditárias – como também pela neurodegeneração que ocorre na doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Se isso for verdade, os esforços agora poderão ser direcionados para abordagens terapêuticas relacionadas com essas ubiquilinas. Um outro dado intrigante é o início mais tardio (ou quadro mais leve) nas mulheres do que nos homens..  Nesse caso a explicação poderia estar no fato do gene estar no cromossomo X. Com os homens têm um só cromossomo X e as mulheres têm dois, elas têm pelo menos uma cópia do gene normal. Mas já observamos o mesmo em outras doenças neurodegenerativas causadas por genes que não estão no cromossomo X.   Entender o que “protege” o sexo feminino e retardar o início da doença também poderá nos dar pistas importantes. É mais uma luz no fim do túnel.
Por Mayana Zatz

http://veja.abril.com.br/blog/genetica/doencas/esclerose-lateral-amiotrofica/