quarta-feira, 16 de maio de 2012

MOVIMENTO

MOVIMENTO CONFRARIA AMPLIADA E DIVERTIDA (MANIFESTO PROVISÓRIO)   Nossa proposta, muito resumidamente, está contida no nome do movimento: “Confraria Ampliada e Divertida”, que significa buscar compensar o paciente do isolamento que a doença vai gradativamente lhe impondo. Vai lhe impondo, entre outras coisas, porque a família tradicional – mãe, pai e filhos – é tiranicamente atingida pelos fatos. Se o doente é um filho, o resto da família fica sobrecarregado por uma situação que exige gastos crescentes, dentro de um quadro de prognóstico sombrio, o que também oprime todos emocionalmente. Sendo pequeno o núcleo familiar, o desdobramento de tarefas, em face da crise progressiva, vai alijando o enfermo do contato carinhoso com os entes queridos, sendo agravado pela própria dificuldade que comumente vai se implantando na comunicabilidade daquele. Se o paciente é um dos pais, o gerenciamento da crise doméstica, resultante da doença, vai se complicando dia a dia: ou é  aquele que tem o ganha-pão, na forma de emprego, ou negócio, que tem que lidar com patrão ou clientes, numa crise paralela a que tem em casa, com a esposa doente; ou é esta quem, como dona-de-casa,  dramaticamente tem que apoiar o marido provedor enfermo, cuidar dos filhos e ainda procurar meio de subsistência substituto. Sobra pouco tempo para conversas e afagos. O quadro pode ser, ou parecer, tão ruim, de forma que um amigo, ou um parente fora do núcleo familiar, ou um colega, ou um vizinho, ou um conhecido convidado a ajudar, procure inconsciente ou conscientemente alegar pretextos ou razões para se esquivar, pois a “cruz” pode parecer muito pesada para uma pessoa ISOLADAMENTE convocada a ajudar. A situação fica ainda mais trágica se o paciente vive só, se não tem parentes, ou estes estão a milhares de quilômetros distantes, se não cultivou amizades.

    Em relação ao exposto, a linha de ação do nosso movimento  consiste em procurar fazer uma ação de compensação, fomentando a ampliação do conceito de família, para suprir a deficiência operacional e lúdica que sobreveio a esta, em face do membro adoentado, ou até em criar uma família postiça para este doente, se ele for uma pessoa só. Essa família ampliada, ou recriada, é como a ressurreição de uma instituição intermediária, entre a família e a nação, que a civilização urbana sepultou: o clã. É algo parecido que pretendemos: um clã, ou confraria, que atue organizadamente, em proveito do paciente e do próprio núcleo familiar deste.

     Tal confraria, ou grupo do paciente, será identificado pelo nome deste, tendo, como referência(s), membro(s) desse grupo que se ligue(m) também ao GAPE, como associado(s) deste, de modo que os grupos e o próprio GAPE se constituam à imagem e semelhança, como se cada grupo se tornasse um GAPE  local, e este passasse a ser  “a confraria das confrarias”.

Wilson (Grupo Elcely-Fátima)

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