Lítio não deve ser usado para atrasar esclerose lateral amiotrófica
09/04/2010 - 13:36
O lítio não deve ser usado para tratar a esclerose lateral amiotrófica, adverte um estudo publicado na revista Lancet Neurology, noticia o site Saúde na Internet.A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também designada por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot, é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração das células do sistema nervoso central.Um pequeno estudo recentemente publicado aventou a hipótese de o lítio, tradicionalmente usado no tratamento do distúrbio bipolar, ser eficaz no tratamento de doentes com ELA. Até ao momento não existe cura para a doença e o único medicamento aprovado para o tratamento é o riluzole, que mostrou eficácia no aumento (em mais três meses) da esperança de vida dos doentes.Neste novo estudo publicado na revista Lancet Neurology, investigadores norte-americanos e canadianos assinalaram, ao acaso, 84 doentes para que recebessem riluzole e um placebo ou riluzole e lítio. O ensaio clínico foi suspenso pouco tempo depois de ter sido iniciado, dado ter-se verificado que a administração do lítio surtiu pouco ou nenhum efeito."Embora o estudo não tenha excluído, por completo, um ligeiro benefício do lítio, não foram encontradas provas de que o lítio, em combinação com riluzole, tenha atrasado a progressão de ELA, tanto quanto a administração do riluzole sozinho", escreveram, em comunicado enviado à imprensa, os líderes da investigação, Swati Aggarwal e Lorne Zinman.Segundo o mesmo comunicado, os cientistas reiteram o facto de "por enquanto, não existirem dados convincentes de que o uso do lítio seja aconselhado no tratamento de doentes com ELA".
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