segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CONVOCAÇÃO

CONVOCAÇÃO

    QUINTA-FEIRA  – 5 DE  JANEIRO DE 2012 
REUNIÃO ESPECIAL DO GAPE*
  (*GRUPO DE APOIO AOS PACIENTES DE
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA E
DOENÇAS DO NEURÔNIO MOTOR)

 – ESTA REUNIÃO, DEDICADA À CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE OS PRESENTES, SERÁ REALIZADA EM DUAS PARTES, CADA QUAL NUM LOCAL:
 A PRIMEIRA PARTE DA REUNIÃO, INCLUINDO INFORMALMENTE ALGUNS ASSUNTOS DO GAPE, ACONTECERÁ NO LOCAL ATUAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS, A SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DO RIO DE JANEIRO , NO HORÁRIO ESTRITO DE  14H:00M A 17H:30M
  A SEGUNDA PARTE DA REUNIÃO, POR VOLTA DAS 18 HORAS,  SERÁ TOTALMENTE INFORMAL, NO RESTAURANTE GARGALLO., QUE COSTUMA SER O ENDEREÇO ONDE OS QUE FREQUENTAM AS REUNIÕES DO GAPE “ESTICAM” AS MESMAS [“TOTALMENTE INFORMAL” QUER DIZER, COMO OCORRE NESSAS OCASIÕES: O RESTAURANTE NÃO É AVISADO; EM PRINCÍPIO, CADA QUAL FAZ O SEU PEDIDO AO GARÇOM E PAGA SEPARADAMENTE, MAS O FRANGO, COM OS ACOMPANHAMENTOS, DÁ PARA DOIS, ASSIM É COMUM SEJA A DESPESA DIVIDIDA COM O VIZINHO DE MESA.]

LOCAIS:

SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DO RIO DE JANEIRO (SMCRJ)
Avenida Mem de Sá, 197, Centro, Rio, lado esquerdo (para quem vem do Passeio Público), próximo à esquina e antes da PRAÇA CRUZ VERMELHA (para quem vem do Passeio Público), em frente ao posto de gasolina desta.


RESTAURANTE GARGALO
Rua do Riachuelo, 64, Centro, Rio, pouco antes da Avenida Gomes Freire, para quem caminhar da SMCRJ como indo para a Lapa pela Avenida Mem de Sá, até o cruzamento triplo desta avenida com a Rua do Resende e a Rua dos Inválidos, pegando esta à direita, até a Rua do Riachuelo, virando à esquerda. 

Contamos com a VS presença.

sábado, 10 de dezembro de 2011

CONFRATERNIZAÇÃO DO PESSOAL DO GAPE

DIA 10/12/2011
RESTAURANTE EMPÓRIO GOURMET
                 Rua General Canabarro, 236
(entre as ruas Professor Gabizo e Otto de Alencar,
caminhando na direção do Colégio Militar do Rio de Janeiro)
Maracanã   Rio de Janeiro – RJ

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cientistas descobrem novo alvo para tratar esclerose lateral amiotrófica

Cientistas descobrem novo alvo para tratar esclerose lateral amiotrófica

Variação faz célula comum no cérebro atacar os neurônios motores.
Atualmente, não existe tratamento nem para frear avanço da doença.

Do G1, em São Paulo
1 comentário
Cientistas descobriram um novo tipo de célula neural que parece estar ligada ao desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica. Não existe hoje nenhum tratamento para essa doença e, segundo os cientistas, qualquer maneira de frear seu avanço já teria um grande impacto para a medicina.
A esclerose lateral amiotrófica mata, aos poucos, os neurônios motores. O paciente sofre paralisias e, em alguns anos, morre em decorrência dos sintomas, na maioria dos casos. A doença também é conhecida como mal de Lou Gehrig, em homenagem a um jogador de beisebol que morreu dela.
O novo tipo de célula descrito no estudo – publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences – é uma variação do astrócito. Os astrócitos são células muito comuns no cérebro, que ajudam a fornecer energia aos neurônios e a protegê-los. Porém, há casos em que esses astrócitos se tornam tóxicos e matam os neurônios.
Os astrócitos descobertos na pesquisa são dez vezes mais tóxicos do que qualquer outra célula do tipo já conhecida e atacam somente os neurônios motores. A essa variação os cientistas deram o nome de “astrócitos aberrantes” – ou células AbA.
“Essas células são um novo alvo, uma base para tratar essa doença”, diz Joe Beckman, pesquisador da Universidade do Estado de Oregon, nos EUA, que desenvolveu a pesquisa em parceria com o Instituto Pasteur, de Montevidéu, no Uruguai.
“Isso deve nos permitir encontrar pesquisar rapidamente entre drogas novas e já existentes para identificar as que possam matar as células AbA, que são facilmente cultiváveis em laboratório. Isso é muito empolgante”, comemora o cientista.

Olesoxime pode ajudar a tratar Esclerose Lateral Amiotrófica

Olesoxime pode ajudar a tratar Esclerose Lateral Amiotrófica
26/03/2010 - 10:00

A Trophos SA anunciou, em comunicado, a conclusão da inscrição de doentes para a fase III do estudo de eficácia do olesoxime em Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), avança a Semana Médica. "A conclusão do recrutamento de pacientes neste estudo clínico-chave é uma grande conquista e um grande passo no desenvolvimento de olesoxime", afirmou Jean-Louis Abitbol, responsável pelo gabinete médico. O "olesoxime pode ser um medicamento novo e precioso para a comunidade de ELA e aguardamos com grande expectativa os resultados do ensaio no quarto trimestre de 2011", sublinhou Damian Marron, director-geral.

Cientistas investigam fármaco já existente para tratamento da esclerose amiotrófica

Cientistas investigam fármaco já existente para tratamento da esclerose amiotrófica
23/10/2009 - 11:28

Um medicamento já usado para tratar o envenenamento do sangue mostrou-se promissor no tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA), revela um estudo publicado no Journal of Clinical Investigation e citado pelo site Saúde na Internet.No estudo, liderado por Berislav Zlokovic, neurocientista da University of Rochester, nos EUA, os cientistas conseguiram prolongar o ciclo de vida dos ratinhos portadores de uma forma grave da doença.Esta investigação verificou que um fármaco - que já se utiliza para outras condições - parece proteger os neurónios dos ratinhos atacados pela doença. O composto, uma forma de uma enzima conhecida como "proteína C activada", já se utiliza para tratar o envenenamento do sangue. Dado que apresenta um risco elevado de hemorragia, os investigadores não acreditam que possa funcionar como tratamento para a ELA. Por isso, estão a investigar o desenvolvimento de novas formas do composto, de modo a melhorarem as probabilidades de funcionamento do mesmo como tratamento adequado.Segundo Berislav Zlokovic, o composto tem uma grande vantagem: a sua administração está já aprovada e é feita por via intravenosa enquanto os outros tratamentos em desenvolvimento actualmente envolvem intervenção cirúrgica. Em comunicado de imprensa, o investigador diz que espera provar a eficácia do composto no tratamento da doença no homem nos próximos cinco anos.A esclerose lateral amiotrófica (também designada por doença de Lou Gehrig) é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela deterioração das funções motoras.

Lítio não deve ser usado para atrasar esclerose lateral amiotrófica

Lítio não deve ser usado para atrasar esclerose lateral amiotrófica
09/04/2010 - 13:36

O lítio não deve ser usado para tratar a esclerose lateral amiotrófica, adverte um estudo publicado na revista Lancet Neurology, noticia o site Saúde na Internet.A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também designada por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot, é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração das células do sistema nervoso central.Um pequeno estudo recentemente publicado aventou a hipótese de o lítio, tradicionalmente usado no tratamento do distúrbio bipolar, ser eficaz no tratamento de doentes com ELA. Até ao momento não existe cura para a doença e o único medicamento aprovado para o tratamento é o riluzole, que mostrou eficácia no aumento (em mais três meses) da esperança de vida dos doentes.Neste novo estudo publicado na revista Lancet Neurology, investigadores norte-americanos e canadianos assinalaram, ao acaso, 84 doentes para que recebessem riluzole e um placebo ou riluzole e lítio. O ensaio clínico foi suspenso pouco tempo depois de ter sido iniciado, dado ter-se verificado que a administração do lítio surtiu pouco ou nenhum efeito."Embora o estudo não tenha excluído, por completo, um ligeiro benefício do lítio, não foram encontradas provas de que o lítio, em combinação com riluzole, tenha atrasado a progressão de ELA, tanto quanto a administração do riluzole sozinho", escreveram, em comunicado enviado à imprensa, os líderes da investigação, Swati Aggarwal e Lorne Zinman.Segundo o mesmo comunicado, os cientistas reiteram o facto de "por enquanto, não existirem dados convincentes de que o uso do lítio seja aconselhado no tratamento de doentes com ELA".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A BATALHA E' GRANDE MESMO

HÁ DEZ ANOS, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2001,
EU PERDIA MINHA BATALHA,
NA GUERRA CONTRA A ELA

WILSON Fortes

            Era uma manhã de domingo, 11 de novembro de 2001. Minha esposa havia sido atendida pela fisioterapeuta respiratória, em regime de enfermagem domiciliar. Seu cômodo era a sala do apartamento, único local onde cabiam a cama hospital, as aparelhagens, os tubos de oxigênio, a televisão grande; esta, para amenizar o isolamento imposto pelo mal. A cama era o seu local permanente, pois a magreza extrema lhe retirara as almofadas musculares naturais e sentar-se se tornara muito doído. Como dizia o paciente pesquisador americano Kibbie (William –), ser colocado em pé uns vinte minutos por dia (confiram!) é importante, para não se formarem coágulos nas veias de pés e pernas, que poderiam migrar repentinamente para o pulmão, causando morte por embolia pulmonar maciça. Isto já havia acontecido antes, mas, por sorte, nessa outra ocasião, o médico da emergência hospitalar era o mesmo do home care, de modo que providenciou de imediato a dissolução dos êmbolos, o que permitiu a reversão dia a dia do comprometimento cerebral. Mas, naquele domingo, ela sentou-se em desespero, olhando arregaladamente para mim, os instrumentos ecoaram em alarme, ela perdeu os sentidos, a enfermagem agiu desesperadamente com os parcos recursos que a lei lhe faculta na parada cardíaca, e a ambulância, que veio do Rio para Niterói, só conseguiu chegar, com a aparelhagem de choque, quando o óbito encefálico já era manifesto.
            Coincidência: Neste 11 de novembro deste 2011, estava comprando um remédio na drogaria do Supermercado Pão de Açúcar, do Ingá, Niterói, quando deparei com uma pilha de um fôlder da Sanofi-Aventis, atual fabricante do único remédio, paliativo, aprovado pela FDA americana para a ELA, nesses anos todos: o rilusol. Das oito faces do fôlder, duas se referem a instruções para injeção de um produto que não é ali identificado. As seis partes anteriores, tratam do TROMBOEMBOLISMO VENOSO. (O nome é difícil. A  prevenção é simples. – diz a face inicial do fôlder.)  O fôlder entra em detalhes sobre o TEV – tomboembolismo venoso, explicando que ele tanto inclui a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre geralmente nas pernas, quanto a embolia pulmonar, gerada por  um coágulo desgarrado da TVP, que “viajou” pelas veias. Enfim, descreveu exatamente a causa imediata da morte de minha mulher, embora o fôlder nada tenha a ver com a esclerose lateral amiotrófica.
            É um contraste desconcertante, mas isto acontece em guerrras e “guerras”, que aquele mal terrível tenha me proporcionado alguma compensação, pelas pessoas fora de série que ele me fez descobrir, ou redescobrir. Certamente vou ser injusto, perdoem as omissóes, 77 anos é desculpa para elas. Algumas dessas pessoas fazem, ou fizeram parte do GAPE – Grupo de Apoio aos Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica e Doenças do Neurônio Motor.
            À minha casa, vinham Rogério, médico, cardiologista, esposo de uma médica vítima de ELA familiar, e Concita, fisioterapeuta  geriátrica, pofessora de educação física, uma espécie de “anjo do GAPE”, a qual se tornou confidente de minha esposa, paciente problemática, que vetou a vinda de outros membros do GAPE, como Regina Célia, que já perdera a mãe, por causa da doença, e era capaz de vir com seu carro lá de Petrópolis, para dar conforto à paciente mulher do Celso Norberto, outra pessoa que vem de longe para apoiar o GAPE.
            Se não fosse Doracy, mãe de um paciente, vivo então, eu não saberia do livro Share The Care, sobre como criar uma “família ampliada” em torno do paciente crescentemente isolado, o qual livro é uma das bases de um rascunho que adaptei para a ELA, com o nome de COMPARTILHANDO OS CUIDADOS, NO BRASIL, o qual pode ser encontrado no “site” da ARELA-RS.
            Perto do Deolindo Couto, hospital de referência, mora Bete (Elisabete Mathia), antiga e muito amiga de minha falecida irmã e minha, a qual tem dado uma grande ajuda organizacional ao GAPE, mesmo agora, quando solicitou afastamento do cargo de Diretora Financeira e do próprio Grupo. “Herdada” também de minha irmã, foi a amiga e colega de infância de minha irmã Luciana Márcia, psicóloga, a qual , ainda que passando por dificuldes econômicas e problemas de saúde, aceitou minha proposta abusiva de que tentasse desenvolver na prática a idéia da família ampliada (ou substituta), contida no citado Compartilhando os Cuidados, no Brasil. Ela também conseguiu, em 2010, que o GAPE fosse acolhido no Edifício dos Ambulatórios, do Hospital dos Servidores do Estado. (Atualmente, o GAPE se reune na SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DO RIO DE JANEIRO, Avenida Mem de Sá, 197, Praça Cruz Vermelha,Rio, na primeira quinta-feira de cada mês.)
            Edivaldo, marido de Maria José, ex-tesoureira do GAPE, e Irene Coutinho, são pacientes que se destacaram pela sobrevida de mais de duas décadas, sobrevida esta muito apoiada pela luta investigativa que travaram. Edivaldo faleceu, mas Irene, que só conheço por e-mail e ainda falo por telefone, continua viva, tendo usado seus conhecimentos de ex-professora de educação física, após entrar em choque com a medicina oficial, para uma mudança radical na alimentação, que lhe tem valido uma progressão do mal lenta.
            Minha cunhada Romany, irmã da falecida, teve de se afastar das reuniões do GAPE, dada a sua atuação também voluntária na igreja vizinha à sua residência; mas ajuda o grupo por meio do telefone. (Chamo a atenção do leitor, que quer ajudar, para isto: Avisar por telefone, comunicar-se por telefone, informar por telefone, dar apoio por telefone, pode ser tão ou até mais importante, do que meramente comparecer às reuniôes, em termos de ação voluntária em prol do GAPE e de seus apoiados.)
            Minha esposa paciente queria um  “médico de nutrição”, aqui de Niterói. Enquanto eu titubeava, ela encontrou, na lista amarela, Odilza Vital, que trabalhava com nutrição biomolecular, entre outras coisas; levei-a ao consultório desta e, enquanto Elcely se consultava, eu “consultava” a sala de espera, e só tive informações positivas, inclusive de clientes médicas. A Dra. Odilza, que é endocrinologista, geriatra e procura manter-se na vanguarda do anntienvelhecimento, tentou algo, além do mero apoio nutricional que a paciente procurou, tentou buscar terapêuticas aditivas ao quadro que expõe o dilema da medicina oficial, após uma fúnebre paralisia gradativa: o óbito, por paroxismo pulmonar, ou a dependência eterna a um aparelho de respiração artificial. A tentativa não vingou, pois a paciente minha esposa não era paciente com os médicos. Duas consultas eram o máximo, e não dizia por que. Um médico espírita lhe assegurou cura (!), ela chorou de felicidade, mas não foi à segunda consulta. Hoje penso que a falecida talvez tenha achado a dra. jóvem demais (antienvelhecimento tem este “defeito”), a qual dra. acabou sendo, anos depois de viuvo, minha geriatra,  e já procurou dar apoio ao GAPE, como rotariana e como médica.
            Uma entrevista de 15 minutos, conseguida pelo Celso Norberto, dada por mim por telefone à Rádio Rio de Janeiro, na qualidade de então Presidente do GAPE, me levou a conhecer  duas irmãs, que tinham uma irmã paciente, Dinalva, que nos ajudava com a papelada, e Dilvani, biomédica, Prof. Dra. do Laboratório de Biologia Celular da UFF, a qual criou um “site” a respeito da ELA na UFF, e  me convidou para dar palestra sobre a ELA naquela universidade. Conheci assim também Valda, cujas enteadas têm apresentado outra terrível enfermidade, a Coreia de Huntington. Ela, Valda, sai de seu conforto de Copacabana, para dar apoio espiritual e carinhoso, na forma de uma sopa, a gente idosa de Austin, distrito de Nova Iguaçu.
            Mais recentemente, conheci Ademir Guimarães, atual Presidente do GAPE, cuja esposa tem a doença, o qual demonstra uma disposição enorme em não se deixar abater pelas dificuldades igualmente enormes que afetam o GAPE (que me acabrunham; que me paralisam, confesso). Conheci também Amarlyr, fonoaudióloga, líder da especial trinca de profissionais ligados à ELA de Vila Nova, Campo Grande, onde ela conseguiu levar avante o único exemplo bem-sucedido, por algum tempo, de criação de subgrupos regionais do GAPE, idéia minha que eu mesmo não consgui levar avante, com o que seria o subgrupo de Niterói e São Gonçalo.
(Texto modificado por acréscimos, pelo autor,WF, em 4 de dezembro de 2011)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O dramático diagnóstico da ELA

O dramático diagnóstico da ELA

A doença da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) assusta o mundo pela avassaladora destruição do organismo em poucos anos e a comunidade científica se mobiliza para buscar sua cura

 http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/81748_O+DRAMATICO+DIAGNOSTICO+DA+ELA/2

A esperança que vem de Atlanta IV

01/12/2011

A esperança que vem de Atlanta IV


Estudo da ALS Emory Atlanta University avança, e primeiro paciente com ELA recebe ct neurais na região cervical da medula espinhal

CNN,  21 de novembro de 2011 Por Miriam Falco
Por Antonio Jorge de Melo
___________________________________________________________________________

Um homem de 50 anos de Trion, Georgia, é a primeira pessoa a a receber células-tronco injetadas na região cervical de sua medula espinhal, tornando-se assim mais um  um pioneiro nas pesquisas com ct.
O paciente chama-se Richard Grosjean, e segundo a edição da CNN, a cirurgia foi realizada no dia 18/11, sexta-feira. Ele é parte de um estudo aprovado pelo FDA  que está sendo realizado para avaliar  a segurança do uso  de células-tronco na medula espinhal de  pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica  (ELA). No protocolo aprovado pelo FDA, os  12 primeiros  pacientes receberam ct na região cervical da medula espinhal.

O paciente  Richard Grosjean foi diagnosticado a pouco mais de dois anos, segundo entrevista concedida pela  sua esposa Tracie à CNN. Ela revelou tambem que ele ainda pode andar com uma bengala, mas possui muita  fraqueza muscular  em seu lado esquerdo e tem dificuldade de falar. Grosjean revelou que está 100% confiante no Centro Emory e nos profissionais que realizaram a cirurgia, embora a família reconheça que esse estudo poderá favorecer muito mais  outras pessoas no futuro, quando elas tiverem que lidar com a doença. Mas ainda assim eles tem esperança e fé de que algo de bom poderá acontecer  para eles também.
Segundo a matéria da CNN, “a maioria das pessoas acometidas de Esclerose Lateral Amiotrófica morrem de insuficiência respiratória, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, e a maioria dos pacientes morrem em um prazo que varia de três a cinco anos após  o diagnóstico.”

Existe um grupo de pesquisadore  neste ensaio clínico que são da Universidade de Michigan, e são liderados pelo neurologista  Dr Eva Feldman, que foi quem desenvolveu o desenho do estudo. O Dr Jonathan Glass é  neurologista responsável pelo ensaio clínico na Universidade de Emory, em Atlanta, onde os pacientes estão recebendo as injeções, junto com o  Dr Nicholas Boulis,  neurocirurgião  que inventou a tecnica  que está sendo utilizada para  injetar as células-tronco nos pacientes selecionados para o estudo.
Segundo a matéria da CNN, “em uma operação que durou cerca de quatro horas, Grosjean recebeu cinco injeções em sua medula espinhal, cada uma contendo cerca de 100.000 células-tronco”. As células vieram de Maryland onde fica a empresa de biotecnologia  Neuralstem, que está financiando este ensaio clínico e que  criou um modelo para desenvolver  milhões e milhões de células do neurônio motor a partir do tecido da medula espinhal retirada de um feto de 8 semanas de idade, resultado de um aborto expontâneo.

Os pesquisadores explicaram que não se trata de ct embrionárias, como as que foram usadas pela Geron na  Califórnia, que injetou células cultivadas a partir de células estaminais embrionárias humanas na medula espinhal  de quatro pacientes com lesão total da medula espinhal.
O que os pesquisadores esperam é poder mostrar  que a injeção de células-tronco neurais – células  precursoras das células nervosas - na medula espinhal de pacientes com ELA pode ser  um procedimento seguro.

Em última instância, a esperança é que através da injeção de células na medula espinhal na altura do  pescoço,  acima dos pulmões, onde o os danos provocados pela ELA são mortais, essas células-tronco neurais possam  reconectar a comunicação do cérebro com  os músculos, mantendo os pacientes vivos por  mais tempo e talvez, um dia, curá-los.
Segundo a matéria explica, no momento esse ainda não é o endpoint a ser considerado. O objetivo é continuar demonstrando através do estudo  que a injeção de células-tronco neurais na medula espinhal  é segura para o paciente, não vai causar mais danos a esse paciente, e não causará problemas de rejeição. Os dados que foram levantados a partir da  avaliação  dos 12 primeiros pacientes do estudo que receberam injeções de ct na região lombar da medula  mostra que este procedimento até o momento tem demonstrado ser  seguro.
 
Segundo revelou o Dr Nicholas Boulos, para evitar qualquer dano  na medula espinhal do paciente,  a agulha que faz a introdução de   células-tronco tem que se mover junto com o corpo. Para isso, ele inventou um aparelho que se assemelha a uma plataforma de petróleo em miniatura montada sobre a coluna vertebral do paciente. Ela se move a cada respiração e possui uma agulha super-fina através da qual  as células-tronco são injetadas na medula espinhal . Os primeiros 12 pacientes desse  ensaio clínico tiveram o equipamento  montado na parte inferior das costas, que segundo ele, é uma área melhor e mais espaçosa para se trabalhar. Mas o local da injeção em Grosjean e nos demais 5 pacientes que tambem passarão pelo estudo  é no pescoço, o que representa um novo desafio para Boulis.
Continua...
Fonte: http://edition.cnn.com/2011/11/21/health/stem-cells-als/index.html

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOVO MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DA ELA

Esclerose lateral amiotrófica: novo medicamento reduz progressão de sintomas

23/11/2011 - 08:09
Um novo fármaco, o dexpramipexole, reduz a progressão de sintomas e mortalidade da esclerose lateral amiotrófica, revela um estudo publicado na Nature Medicine, avança o Portal da Saúde do ALERT Life Sciences Computing.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também designada por doença de Lou Gehrig, é uma doença neurodegenerativa que afecta os neurónios motores no cérebro e na espinal-medula. A morte destas células nervosas interrompe a transmissão de impulsos nervosos para as fibras musculares, conduzindo à fraqueza, paralisia e, geralmente, à morte por insuficiência respiratória. Acredita-se que a disfunção mitoncondrial é um dos factores subjacentes à morte das células nervosas. Este novo fármaco parece proteger os neurónios desta disfunção.


A progressão da esclerose lateral amiotrófica pode variar bastante, alguns pacientes sobrevivem décadas após o diagnóstico e outros morrem dentro de um ano. Por esse motivo, tem sido um desafio desenvolver os ensaios clínicos de fase 2 necessários para testar o nível de dosagem e determinar a eficácia do fármaco.


Para ultrapassar este desafio, a equipa de investigadores liderada por Merit Cudkowicz directora da unidade de ensaios clínicos de neurologia do Massachusetts General Hospital, nos EUA, desenvolveu um estudo em duas fases. Na primeira, 102 pacientes que haviam sido recentemente diagnosticados com ELA foram aleatoriamente divididos em quatro grupos aos quais foi administrado, por via oral, um placebo, ou 50, ou 150 ou 300mg de dexpramipexole, durante 12 semanas. Quando esta fase terminou, os participantes, que continuaram no estudo, receberam apenas placebo durante quatro semanas e, em seguida, foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos diferentes. Um em que foi administrado doses diárias de 50mg e outro de 300 mg de fármaco, durante 24 semanas.


Os resultados da primeira fase do estudo mostraram que, o dexpramipexole parece retardar a progressão dos sintomas, medidos quer pela escala de avaliação “ALS Functional Rating Scale” quer pela capacidade pulmonar. O efeito protector foi maior no grupo ao qual foi administrado 300 mg de fármaco em que a progressão dos sintomas foi de aproximadamente 30 % mais lento do que no grupo controlo. Na segunda fase foram obtidos resultados semelhantes, uma progressão mais lenta da doença e um menor risco de morte em participantes que receberam a dose mais elevada.


Merit Cudkowicz revelou que estes resultados estão, neste momento, a ser confirmados num ensaio clínico de fase três e que espera que este fármaco ofereça aos pacientes que sofrem de ELA uma oportunidade de permanecerem saudáveis durante mais tempo, com um menor declínio das funções e aumento sobrevivência.
fonte    http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/23-11-11/esclerose-lateral-amiotrofica-novo-medicamento-reduz-progressao-de

Simpósio Esclerose Lateral Amiotrófica (Doença de Charcot)

Simpósio Esclerose Lateral Amiotrófica (Doença de Charcot)
Semana de Atenção à ELA
Data/Hora: 03/12/2011 às 9 h.
Local: Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA/UFRJ).
Endereço: Av. Presidente Vargas, 2863 - Cidade Nova (Entrada pela Rua Afonso
Cavalcanti, 20 - Metrô Praça Onze).
Inscrições e informações: gratuitas (vagas limitadas).
Secretaria de Ensino (Tel: 3184-4404)
e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com
Coordenação:
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD.
Marli Pernes da Silva Loureiro, MD, Ms.
Comissão Organizadora:
Claudio Heitor Gress, MD.
Simone Palermo, Fga, Ms.
Simone Zicari, Ft.
Eliana Milagres, Nutr.
Fernanda Carnaúba, Enf, Ms.
Gleane Coelho, Enf, Ms.
UFRJ
INDC
HESFA
ANERJ
Departamento Científico de DNM/ELA
Programação:
9:00 h - 9:20 h: Abertura.
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)
9:20 h - 10:00 h: Conferência “ELA: novos aspectos etiopatogênicos”.
Acary Souza Bulle Oliveira, MD, PhD (Professor de Neurologia - UNIFESP)
10:00 h - 10:30 h: Coffee Break.
10:30 h - 12:00 h: Mesa Redonda.
Coordenador: Antonio Luiz dos Santos Werneck Neto, MD, Ms (Professor de Neurologia -
FTESM e UNESA)
“Desafios no diagnóstico da ELA”.
Marcelo Maroco Cruzeiro MD, PhD (Professor de Neurologia - UFJF)
“Aspectos genéticos da ELA e as diversas técnicas moleculares utilizadas
no seu estudo”.
Tatiane Duarte Cozendey, Ms (Doutoranda - FIOCRUZ)
“Proposta de classificação da ELA”.
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)
12:00 h: Debate e Encerramento.
Realização:
ANERJ
Setor DNM/ELA - INDC/UFRJ
HESFA/UFRJ

REUNIÂO MENSAL DEZEMBRO

COMUNICADO DA REUNIÃO DE 1/12/11 E SÚMULA DA REUNIÃO ANTERIOR,  DE 3/11/11

1/12/2011:REUNIÃO, NA SMCRJ**, DO GAPE*
  (GRUPO DE APOIO AOS PACIENTES DE
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA E
DOENÇAS DO NEURÔNIO MOTOR)

    QUINTA-FEIRA  – 1 DE  DEZEMBRO DE 2011 
(QUINTA-FEIRA,O NOVO DIA DA SEMANA DAS REUNIÓES REGULARES)

    HORÁRIO ESTRITO: 14H:00M A 17H:30M    

LOCAL:

SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DO RIO DE JANEIRO
Avenida Mem de Sá, 197, Centro, Rio, lado esquerdo (para quem vem do Passeio Público), próximo à esquina e antes da PRAÇA CRUZ VERMELHA (para quem vem do Passeio Público), em frente ao posto de gasolina desta.

PAUTA: ELEIÇÕES EM 2012; CONTA DO GAPE; BLOG DO GAPE ETC.
                                   gapeela.blogspot.com
*          *          *

SÚMULA DA REUNIÃO DE QUINTA-FEIRA, 3 DE NOVEMBRO DE 2011, NA SMCRJ

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

VII Simpósio


VII Simpósio Atendimento Multidisciplinar na Esclerose Lateral Amiotrófica
Horário: 29 novembro 2011 de 13:00 a 19:00
Local: Auditório do INDC (Instituto de Neurologia Deolindo Couto)
Rua: Av. Venceslau Brás, 95 - Botafogo
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Telefone: e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com
Tipo de evento: simpósio
Organizado por: Setor de DNM/ELA da Universidade Federal do Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

UMA GRANDE BATALHA

HÁ DEZ ANOS, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2001,
EU PERDIA MINHA BATALHA,
NA GUERRA CONTRA A ELA

WILSON Fortes

            Era uma manhã de domingo, 11 de novembro de 2001. Minha esposa havia sido atendida pela fisioterapeuta respiratória, em regime de enfermagem domiciliar. Seu cômodo era a sala do apartamento, único local onde cabiam a cama hospital, as aparelhagens, os tubos de oxigênio, a televisão grande; esta, para amenizar o isolamento imposto pelo mal. A cama era o seu local permanente, pois a magreza extrema lhe retirara as almofadas musculares naturais e sentar-se se tornara muito doído. Como dizia o paciente pesquisador americano Kibbie (William –), ser colocado em pé uns vinte minutos por dia (confiram!) é importante, para não se formarem coágulos nas veias de pés e pernas, que poderiam migrar repentinamente para o pulmão, causando morte por embolia pulmonar maciça. Isto já havia acontecido antes, mas, por sorte, nessa outra ocasião, o médico da emergência hospitalar era o mesmo do home care, de modo que providenciou de imediato a dissolução dos êmbolos, o que permitiu a reversão dia a dia do comprometimento cerebral. Mas, naquele domingo, ela sentou-se em desespero, olhando arregaladamente para mim, os instrumentos ecoaram em alarme, ela perdeu os sentidos, a enfermagem agiu desesperadamente com os parcos recursos que a lei lhe faculta na parada cardíaca, e a ambulância, que veio do Rio para Niterói, só conseguiu chegar, com a aparelhagem de choque, quando o óbito encefálico já era manifesto.
            Coincidência: Neste 11 de novembro deste 2011, estava comprando um remédio na drogaria do Supermercado Pão de Açúcar, do Ingá, Niterói, quando deparei com uma pilha de um fôlder da Sanofi-Aventis, atual fabricante do único remédio, paliativo, aprovado pela FDA americana para a ELA, nesses anos todos: o rilusol. Das oito faces do fôlder, duas se referem a instruções para injeção de um produto que não é ali identificado. As seis partes anteriores, tratam do TROMBOEMBOLISMO VENOSO. (O nome é difícil. A  prevenção é simples. – diz a face inicial do fôlder.)  O fôlder entra em detalhes sobre o TEV – tomboembolismo venoso, explicando que ele tanto inclui a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre geralmente nas pernas, quanto a embolia pulmonar, gerada por  um coágulo desgarrado da TVP, que “viajou” pelas veias. Enfim, descreveu exatamente a causa imediata da morte de minha mulher, embora o fôlder nada tenha a ver com a esclerose lateral amiotrófica.
            É um contraste desconcertante, mas isto acontece em guerrras e “guerras”, que aquele mal terrível tenha me proporcionado alguma compensação, pelas pessoas fora de série que ele me fez descobrir, ou redescobrir. Certamente vou ser injusto, perdoem as omissóes, 77 anos é desculpa para elas. Algumas dessas pessoas fazem, ou fizeram parte do GAPE – Grupo de Apoio aos Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica e Doenças do Neurônio Motor.
            À minha casa, vinham Rogério, médico, cardiologista, esposo de uma médica vítima de ELA familiar, e Concita, fisioterapeuta  geriátrica, pofessora de educação física, uma espécie de “anjo do GAPE”, a qual se tornou confidente de minha esposa, paciente problemática, que vetou a vinda de outros membros do GAPE, como Regina Célia, que já perdera a mãe, por causa da doença, e era capaz de vir com seu carro lá de Petrópolis, para dar conforto à paciente mulher do Celso Norberto, outra pessoa que vem de longe para apoiar o GAPE.
            Se não fosse Doracy, mãe de um paciente, vivo então, eu não saberia do livro Share The Care, sobre como criar uma “família ampliada” em torno do paciente crescentemente isolado, o qual livro é uma das bases de um rascunho que adaptei para a ELA, com o nome de COMPARTILHANDO OS CUIDADOS, NO BRASIL, o qual pode ser encontrado no “site” da ARELA-RS.
            Perto do Deolindo Couto, hospital de referência, mora Bete (Elisabete Mathia), antiga e muito amiga de minha falecida irmã e minha, a qual tem dado uma grande ajuda organizacional ao GAPE, mesmo agora, quando solicitou afastamento do cargo de Diretora Financeira e do próprio Grupo.
            Edivaldo, marido de Maria José, ex-tesoureira do GAPE, e Irene Coutinho, são pacientes que se destacaram pela sobrevida de mais de duas décadas, sobrevida esta muito apoiada pela luta investigativa que travaram. Edivaldo faleceu, mas Irene, que só conheço por e-mail e ainda falo por telefone, continua viva, tendo usado seus conhecimentos de ex-professora de educação física, após entrar em choque com a medicina oficial, para uma mudança radical na alimentação, que lhe tem valido uma progressão do mal lenta.
            Minha esposa paciente queria um  “médico de nutrição”, aqui de Niterói. Enquanto eu titubeava, ela encontrou, na lista amarela, Odilza Vital, que trabalhava com nutrição biomolecular, entre outras coisas; levei-a ao consultório desta e, enquanto Elcely se consultava, eu “consultava” a sala de espera, e só tive informações positivas, inclusive de clientes médicas. A Dra. Odilza, que é endocrinologista, geriatra e procura manter-se na vanguarda do anntienvelhecimento, tentou algo, além do mero apoio nutricional que a paciente procurou, tentou buscar terapêuticas aditivas ao quadro que expõe o dilema da medicina oficial, após uma fúnebre paralisia gradativa: o óbito, por paroxismo pulmonar, ou a dependência eterna a um aparelho de respiração artificial. A tentativa não vingou, pois a paciente minha esposa não era paciente com os médicos. Duas consultas eram o máximo, e não dizia por que. Um médico espírita lhe assegurou cura (!), ela chorou de felicidade, mas não foi à segunda consulta. Hoje penso que a falecida talvez tenha achado a dra. jóvem demais (antienvelhecimento tem este “defeito”), a qual dra. acabou sendo, anos depois de viuvo, minha geriatra,  e já procurou dar apoio ao GAPE, como rotariana e como médica.
            Uma entrevista de 15 minutos, conseguida pelo Celso Norberto, dada por mim por telefone à Rádio Rio de Janeiro, na qualidade de então Presidente do GAPE, me levou a conhecer  duas irmãs, que tinham uma irmã paciente, Dinalva, que nos ajudava com a papelada, e Dilvani, biomédica, Prof. Dra. do Laboratório de Biologia Celular da UFF, a qual criou um “site” a respeito da ELA na UFF, e  me convidou para dar palestra sobre a ELA naquela universidade. Conheci assim também Valda, cujas enteadas têm apresentado outra terrível enfermidade, a Coreia de Huntington. Ela, Valda, sai de seu conforto de Copacabana, para dar apoio espiritual e carinhoso, na forma de uma sopa, a gente idosa de Austin, distrito de Nova Iguaçu.
            Mais recentemente, conheci Ademir Guimarães, atual Presidente do GAPE, cuja esposa tem a doença, o qual demonstra uma disposição enorme em não se deixar abater pelas dificuldades igualmente enormes que afetam o GAPE (que me acabrunham; que me paralisam, confesso). Conheci também Amarlyr, fonoaudióloga, líder da especial trinca de profissionais ligados à ELA de Vila Nova, Campo Grande, onde ela conseguiu levar avante o único exemplo bem-sucedido, por algum tempo, de criação de subgrupos regionais do GAPE, idéia minha que eu mesmo não consgui levar avante, com o que seria o subgrupo de Niterói e São Gonçalo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

AUDIENCIA PUBLICA

ASSISTAM ESSE VIDEO FOI A AUDIENCIA PUBLICA REALIZADA NA ALERJ.

http://www.orkut.com.br/Main#FavoriteVideos?uid=6323319896867622098

NOVIDADE NO TRATAMENTO DA ELA

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/cientistas-descobrem-novo-alvo-para-tratar-esclerose-lateral-amiotrofica.html

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Esclerose lateral amiotrófica

 Novo estudo aponta para um mecanismo comum a todas as formas e abre novas perspectivas de tratamento
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença devastadora que causa uma perda progressiva dos movimentos e da fala devido à morte dos neurônios motores. Na grande maioria dos casos não há perda da capacidade cognitiva e a pessoa se torna uma prisioneira dentro do próprio corpo. É o caso do famoso físico inglês Stephens Hawkins. Estima-se que há 350.000 pessoas afetadas ao redor do mundo que aguardam desesperadamente algum tipo de tratamento. E existem inúmeros pesquisadores ao redor do mundo trabalhando para isso. O Dr. Teepu Siddique é um deles. Os resultados de uma pesquisa coordenada por esse cientista – que acaba de ser publicada na revista Nature – sugere que haveria um mecanismo comum a todas as formas de ELA – hereditárias e formas isoladas – o que facilitaria muito a procura de um tratamento.

Como a equipe do Dr. Siddique chegou a essa conclusão?
Recordando, a ELA é uma doença que geralmente acomete uma única pessoa na família (formas esporádicas) sem risco de recorrência para os descendentes. Cerca de 10% dos casos são hereditários e já foram identificados vários genes responsáveis por essas formas. Nosso grupo identificou uma forma hereditária importante há alguns anos.
Nessas famílias, a doença pode ser transmitida através de gerações. E foi estudando uma nova forma de ELA hereditária que o Dr. Siddique fez uma descoberta importante. A sua equipe vinha seguindo uma família com vários casos de ELA. Todos tinham também demência, o que é um achado raro nessa doença. A idade de início nessa família variava entre 16 a 71 anos, sendo muito mais precoce no sexo masculino do que no feminino. Para tentar entender o mecanismo por trás da doença, o primeiro passo era achar o gene responsável.
O gene estava no cromossomo X
Depois de muitas pesquisas a equipe descobriu que a mutação – ou erro genético – estava em um gene no cromossomo X que é responsável pela produção de uma proteína chamada ubiquilin 2 (ubiquilina em português). Essa proteína é normalmente responsável pela degradação de várias outras proteínas da célula. Entretanto com a mutação, a ubiquilina 2 não consegue exercer essa função. A consequência é o acúmulo e agregação dessas proteínas que deveriam ter sido degradadas causando uma neurodegeneração e morte dos neurônios motores.
E nas outras formas de ELA?
Para descobrir se esse defeito está restrito ao gene do cromossomo X que eles havian acabado de identificar, os pesquisadores estudaram amostras de 47 pacientes com outras formas de ELA – hereditária ou esporádica. Observaram que em todas elas havia agregados ou inclusões resultantes do mau funcionamento da ubiquilina 2, sugerindo que seria um mecanismo comum a todas as formas de ELA.
E a demência? Seria o mesmo mecanismo?
Para testar essa hipótese os pesquisadores teriam que analisar o que acontecia no cérebro dos afetados. Conseguiram estudar amostras do tecido cerebral de dois pacientes falecidos que tinham mutação nesse gene. Observaram o mesmo fenômeno: havia inclusões principalmente no hipocampo (uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante também para a sensação espacial). Isso poderia explicar também a demência. Os autores também chamam a atenção para outro achado importante. Já se sabia que uma outra proteína semelhante, ubiquilin 1 ( ou ubiquilina 1) está aparentemente relacionada com a doença de Alzheimer caracterizada pela perda progressiva de memória.
Qual é o próximo passo
Essas observações sugerem um mecanismo comum para essas ubiquilinas. Elas poderiam ser responsáveis pela degeneração dos neurônios motores que causam a ELA – tanto as formas esporádicas como as hereditárias – como também pela neurodegeneração que ocorre na doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Se isso for verdade, os esforços agora poderão ser direcionados para abordagens terapêuticas relacionadas com essas ubiquilinas. Um outro dado intrigante é o início mais tardio (ou quadro mais leve) nas mulheres do que nos homens..  Nesse caso a explicação poderia estar no fato do gene estar no cromossomo X. Com os homens têm um só cromossomo X e as mulheres têm dois, elas têm pelo menos uma cópia do gene normal. Mas já observamos o mesmo em outras doenças neurodegenerativas causadas por genes que não estão no cromossomo X.   Entender o que “protege” o sexo feminino e retardar o início da doença também poderá nos dar pistas importantes. É mais uma luz no fim do túnel.
Por Mayana Zatz

http://veja.abril.com.br/blog/genetica/doencas/esclerose-lateral-amiotrofica/

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Perguntas frequentes


 
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
 O que é ELA?
 Trata-se de uma doença em que ocorre a perda de neurônios motores localizados no cérebro e na porção lateral da medula espinhal,  prejudicando os movimentos do corpo e levando á diminuição do volume muscular nas áreas correspondentes.
 Porque a doença tem esse nome? 
 Esclerose: significa endurecimento É observado no exame microscópio da medula doente que os neurônios são substituídos por um material fibroso, mais rígido.
Lateral: se deve ao fato de a doença geralmente comprometer o feixe piramidal (cordão lateral) da medula.
Amiotrófica: se refere a atrofia ou redução do músculo. A doença leva a uma diminuição do volume muscular nas regiões acometidas.
 Existe tratamento para ELA?
Existe uma janela terapêutica, varias medidas de suporte ao paciente podem evitar as complicações da doença e favorecer a qualidade de vida de quem está com ELA. Alem disso, o medicamento chamado RILUZOL Rilutek 50 mg, mostrou-se capaz de inibir a destruição dos neurônios motores, prolongando assim a sobrevida do paciente.
Como se deve fazer o acompanhamento dos pacientes com ELA?
 Os melhores resultados são obtidos pelo trabalho multidisciplinar, realizado por equipes formadas por médicos, psicólogos, fisioterapeutas,  fonoaudiólogas, nutricionistas, assistentes sociais e enfermeiros, que buscam em conjunto as melhores soluções para cada paciente sempre com apoio de seu cuidador.
 Como a ELA se manifesta inicialmente?
 Os primeiros sinais e sintomas mais comuns da doença são: fraqueza e dores musculares, cãibras, fadiga por pequenos esforços, pequenas contrações musculares espontâneas (fasciculações), dificuldades para engolir (disfagia) ou para falar (disfonia). Além disso, podem-se observar perda da massa muscular (atrofia) e instabilidade emocional, com riso e choro sem motivo aparente.
 A fraqueza e a atrofia muscular são os sinais mais evidentes da doença e indicam o comprometimento dos NMis.
Geralmente esses sintomas atingem mais um lado do corpo do que o outro e progridem com o tempo. Quando ocorre lesão dos NMis, os reflexos correspondentes ás áreas inervadas por eles ficam exacerbados, ao mesmo tempo que o caminhar fica prejudicado por espasmos (fortes contrações) musculares, que interferem na coordenação dos movimentos.
 Como é a evolução da ELA?
 A fraqueza vai se agravando e passa a envolver novas áreas do corpo, fazendo com que o paciente se torne cada vez mais dependente de seus cuidadores.
 È comum também que o paciente perca peso devido a atrofia muscular, bem como a dificuldade de deglutir, que comprometem a nutrição.
 A respiração costuma ser afetada mais tardiamente, em conseqüência da atrofia dos músculos responsáveis por essa função.
 Muitas vezes, a dificuldade de deglutir provoca a aspiração involuntária de líquidoso que pode levar a quadros de pneumonia, para evitar temos o procedimento chamado (GTT) Gastrostomia.
 Por outro lado, o controle da micção e da evacuação costuma se manter ao longo da doença.
 Como fica a saúde mental de quem tem ELA?
 Geralmente a inteligência, a memória a capacidade de julgar e a percepção do mundo exterior pelos órgãos dos sentidos são preservadas.
 Como a ELA pôe a vida dos portadores dessa doença em risco?
 Os problemas respiratórios são os mais graves, geralmente se deve á aspiração involuntária de líquidos e alimentos. Alem disso, a  imobilidade do paciente pode favorecer o desenvolvimento de trombos nas veias dos membros inferiores, com risco de embolia pulmonar.
 Por causa desses problemas, com freqüência é necessário fazer uma abertura na traquéia do paciente, colocando-se uma pequena cânula para facilitar a passagem do ar, reduzir o risco de aspiração de sólidos e líquidos, bem como para auxiliar nos cuidados respiratórios. O procedimento é chamado de Traqueotomia e é realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia, aumentando a sobre vida do paciente em muitos anos com esse procedimento.
            Hoje em dia com a ajuda da portaria Nº 1370 de 03 de junho de 2008, que beneficia os pacientes com o aparelho BIPAP, que fala do Programa de Assistência Ventilatória não Invasiva para as doenças neuromuscular em que a ELA já faz parte..
          Temos também como comemorar pois foi instituido pela Lei Nº 5479 de 18 de julho de 2009, o dia 29 de novembro como o Dia de Mobilização e Conscientização na luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica ELA,  O Instituto de Neurologia Deolindo Couto da Universidade Federal do Rio de Janeiro INDC/UFRJ é o centro de referencia no tratamento ambulatorial da ELA sendo chefe da equipe a médica neurologista Drº Marly Pernes da Silva Loureiro com ajuda do Dr Claudio Heitor Tavares Gress, os quais fazem um trabalho excelente com atendimento as terças e quartas feira. Aonde  temmanteido uma reunião mensal com os cuidadores e familiares dos pacientes passando informações sobre a enfermidade, que ocorre sempre na ultima terça feira de cada mês no Auditório do próprio INDC.

 O GAPE Grupo de Apoio aos Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica:
 É uma Associação sem fins lucrativos que visa congregar amigos, parentes, cuidadores e pacientes no sentido de informar o que se tem de novidades no tratamento e acompanhamento da enfermidade para uma melhor qualidade de vida, mantemos encontro mensal sempre na primeira quinta feira do mês, essa reunião esta ocorrendo na SOCIEDADE MEDICA DE CIRURGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, situado na Avenida Mem de Sa, 197 no centro do RJ.
Lembrando que nossa reunião será dia 3 de novembro.